As esculturas em mármore que serão utilizadas para decorar o pórtico da cidade permanecem a mercê da ação de vândalos, e do mato, ao lado da arena multiuso. Enquanto a obra não é finalizada, as peças se encontram em aparente abandono. Ao todo dezoito personagens foram esculpidos no local. São animais no arado, personagens indígenas, homens barbudos e mulheres, buscando mostrar o cotidiano dos primeiros habitantes de Brusque. A sensação de abandono e o vandalismo são problemas que parecem ter se apossado das esculturas. Além do avanço da vegetação, esculturas são pichadas e até quebradas. No primeiro caso, basta dar uma olhada em uma das figuras esculpidas. O personagem lembra um indígena e, sua posição agachada desperta a imaginação, principalmente em função de o mato ter tomado toda sua volta. "Guardada" entre capins altos, a estátua da foto pode remeter a muitas indagações quanto ao que o personagem perece estar tentando visualizar. A idéia é que as estátuas contem um pouco da trajetória dos primeiros colonizadores que aqui chegaram. No entanto, ao invés de simbolizar a imagem de um destes imigrantes que está a visualizar a imensidão das terras que formavam a região naquela época, outra interpretação diria que aquela figura, na verdade, está querendo enxergar por sobre o mato que tomou conta do terreno e que praticamente oculta os demais companheiros colonizadores. Ao fundo, outra escultura, essa de um homem que parece caminhar, também serve de exemplo. Ele tem mais de 2,5 metros de estatura. Está rodeado por capim, cuja altura quase ultrapassa a cintura do personagem. Um pouco mais adiante, um grupo de cinco outras modelagens, simbolizando a imagem de pessoas a bordo de uma canoa, também está oculto pelo avanço do capim. O capim amassado, formando um caminho até as estátuas, mostra que o local costuma ser visitado. Porém, não por pessoas interessadas em apreciar a beleza das obras. Com a palavra os setores de Turismo e Cultura, teoricamente responsáveis pelo conjunto trabalhado com ardor, técnica e gabarito.